10 de ago. de 2014

DOAR


Olhos cheios de água
A voz embargada
Estou entregue
Me afogo em mim
Nao luto, nao reluto
Vivo meu luto
Da morte confirmada
Agora é seguir
Tirar do armário as roupas do defunto
Doar o que já não tem um dono nesse mundo
Abrir espaço para o novo entrar

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