11 de nov. de 2014

RESPEITO


... não ser um leão diante dos fracos e nem um cordeiro diante dos fortes ...

2 de nov. de 2014

ESTÓRIAS REAIS ou JUSTIFICATIVAS ou ainda SOBRE O FINAL DE SEMANA


Eu dirigindo meu carro (como uma só pessoa...). As janelas do carro totalmente abertas, passo por uma rua cheia de lixo jogados ao chão. A velocidade do carro produz um vento que levanta os papeis do lixo, um deles entra dentro do meu carro.  Automaticamente tiro o papel de dentro do carro e jogo de volta na rua. Um ônibus pára ao lado do carro, uma pessoa dentro do ônibus me vê jogando o papel na rua. Morro de vergonha... me arrependo amargamente de ter jogado o papel na rua, mesmo ele já sendo um lixo da rua que entrou dentro do carro. Ainda assim, não tenho justificativa para mim mesma.

O garçom nos entrega a conta do bar. Consumimos 4 sucos e 2 porcões.  A conta estava errada. Falo com o garçom que faltou incluir uma porção na conta. O garçom agradece, pede desculpas e vai consertar a conta. Minha amiga, companheira de mesa, me olha com cara de “por que”, mas não chega a verbalizar seu pensamento. Ela também está tentando ser uma pessoa melhor. Mas se o garçom trás a conta errada não seria culpa nossa, certo? Não. Eu não podia fingir que não vi. Eu não teria justificativa para mim mesma.

Uma prima volta para o ex-namorado, não assume mais que a relação seja um namoro, mas eles estão tão juntos quanto sempre. Ela que, por 10 anos, se manteve fiel, agora trai com grande prazer em contar para as outras mulheres. “Ele jamais aceitaria um relacionamento aberto, então eu traio e finjo que sou fiel”! Ela tem sua justificativa. Eu não tenho uma justificativa para mim mesma.

Uma mãe mata o cachorro de estimação da filha envenenado com chumbinho.  A filha está inconsolável e não consegue entender o “porquê de tamanha maldade”. A mãe diz que, na verdade, colocou veneno para matar a gata e não o cachorro. “Foi puro azar o cachorro ter comido”. A filha não se consola e diz que sofreria tanto quanto se a gata tivesse morrido. Ela ama os bichos e agora esta de luto pela morte do cachorro/filho e pela maldade da mãe. A mãe já se justificou. Eu não teria uma justificativa para mim mesma.

Três primas combinam de matar envenenada com chumbinho a madrasta de uma delas. Uma compraria o veneno, a outra envenenaria a madrasta e a terceira colocaria o corpo em seu carro para consumir com o defunto.  O crime não chega a acontecer. Uma quarta prima entra na historia e conta para o pai que a filha dele pretendia matar a madrasta. Fica o dito pelo não dito. O assassinato não aconteceu e ninguém precisou se justificar. Eu jamais teria uma justificativa para mim mesma.