Nesses dias bebo água, muita, na certeza e esperança da
limpeza interna. Na preparação para a morte necessária que permite o
renascimento.
Acredito. Sigo na
direção da luz. A luz que vemos no túnel da morte.
Iemanjá, querida mãe, sempre presente, me ensinando a arte
da entrega. Eu tão controladora aluna, aprendiz, que lentamente solto meu corpo
na água. Com grande desejo e medo, ainda tão humana. Me amo ainda assim, mesmo
que assim.
Sim. Me aceito, aceito me entregar e aprendo a cada dia.
Na garganta a voz pronta para sair voando. Porque asas, isso
eu já tenho, criadas na minha imaginação, que voa sempre. Poderosa que é,
vivencia meus sonhos com precisão.
O calor aquece e queima meu corpo. Sinto a dor e o prazer,
gozo minha vida.
Ogum, meu eu guerreiro, sempre atento, forte e na linha de
frente, abre meus caminhos e me diz que posso seguir. Mata o dragão com a força do seu amor. Não se
vence o ego brigando com ele, mas o seduzindo.
Me transformo para viver em meu favor.
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