Que nossos
anjos da guarda estejam sempre aí pra nos proteger nos dias em que, distraídos, quase nos deixamos levar
pelo canto da sereia.
É que essa
sereia não é odoya, nem iara, nem janaina... é lobo em pele de peixe.
Ela quer é
nos afogar no mar de lama para que sejamos mais alguns comendo lavagem no
chiqueiro em que eles vivem.
Aqui peço
desculpas às sereias, aos peixes, aos lobos e aos porcos. Nenhum deles merece
ser comparado às pessoas que vivem dessa forma. Mas é que minha criatividade
pouca me fez usar dessas metáforas na alegoria da vida.
Mas esse
texto de hoje, além de um agradecimento aos anjos da guarda, sempre tão
atentos, é um sincero pedido de desculpas à mim mesma e aos meus próximos.
Desculpas por eu me deixar enganar assim, tão facilmente. Por fechar meus olhos
pra injustiça e quase achar que open bar, área vip, camarote e auxílio paletó
são tão justificáveis quanto à licença poética.
Não, eles
não são. Tudo que divide as pessoas deixando de um lado os que merecem melhor
tratamento, melhor espaço, melhor comida, melhor bebida, melhor banheiro, menor
fila, sempre determinado por critérios duvidosos (fama, dinheiro, cor, raça,
religião, influência...) não é justo.
O
representante do “tinhoso” geralmente vem na forma de um primo, tio, padrinho,
sócio, patrão... quase nunca na forma do filho ou do advogado. Porque filho da puta e advogado do diabo a
gente reconhece rápido. Os outros, às vezes não. Mas no fundo é tudo muito
claro. Basta abrir os olhos e olhar para dentro de si. As respostas estão lá.
A minha
resposta hoje é: minha alma não está à
venda.
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